O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) anunciou que irá preparar um conjunto de ações de protesto, não excluindo a convocatória de greves em 2026, para pressionar o Governo a negociar o seu caderno reivindicativo. A decisão surge perante a ausência de diálogo sobre questões como a falta de pessoal, o envelhecimento dos quadros da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e a regulamentação de carreiras especiais. A tensão entre os trabalhadores da AT e a tutela governamental tem vindo a aumentar, culminando num plenário online que juntou mais de 2.000 funcionários e levou ao encerramento temporário de dezenas de serviços de finanças por todo o país.
O presidente do STI, Gonçalo Rodrigues, afirmou que o sindicato prefere "sempre negociar e trabalhar para arranjar soluções do que protestar", mas que irá "endurecer a posição paulatinamente" se o Governo não abrir uma mesa negocial.
As principais reivindicações incluem respostas para a "enorme falta de pessoal", o "envelhecimento dos quadros da AT", a falta de material de trabalho e, crucialmente, a regulamentação do regime da carreira especial de gestão e inspeção tributária e aduaneira, pendente desde um decreto-lei de 2019. O sindicato defende que este sistema de avaliação deveria servir para acelerar as carreiras. O STI planeia uma escalada gradual de formas de luta, que podem incluir manifestações e paralisações parciais, antes de avançar para uma greve geral, caso as suas exigências continuem sem resposta.
Em resumoO Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) está a intensificar a sua contestação ao Governo, ameaçando com greves em 2026 se não forem abertas negociações. As principais exigências centram-se na falta de pessoal, no envelhecimento dos quadros e na regulamentação de carreiras, questões que já levaram a perturbações no funcionamento dos serviços de finanças.