O esquema consistia na criação de onze sociedades fictícias, conhecidas como "missing traders", registadas em nome de terceiros.
Estas empresas eram utilizadas para adquirir veículos usados no mercado comunitário, legalizá-los e, posteriormente, transmiti-los às sociedades que os arguidos efetivamente geriam.
A fraude baseava-se na declaração indevida do "Regime da margem de lucro – Bens em segunda mão", o que alterava o enquadramento fiscal das operações e permitia omitir o pagamento do IVA devido em Portugal.
O montante total subtraído aos cofres do Estado foi estimado em, pelo menos, 3.114.448,45 euros.
Os arguidos enfrentam acusações de associação criminosa, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.
O Ministério Público requereu que o valor da fraude fosse declarado perdido a favor do Estado e três dos arguidos ficaram sujeitos a cauções que variam entre 100 mil e 200 mil euros.














