Uma notícia revelou que o Estado possui três aviões e sete helicópteros Koala que poderiam ser utilizados no combate aos fogos, mas que nunca foram equipados com os kits necessários para essa função, levantando dúvidas sobre a gestão dos recursos públicos.
Paralelamente, a Comissão Europeia confirmou estar a acompanhar a situação dos incêndios em Portugal, mas esclareceu que o Governo português não ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, uma ferramenta de solidariedade da União Europeia para situações de emergência. A decisão de depender exclusivamente dos meios nacionais contrasta com a severidade dos incêndios e com o crescente cansaço dos bombeiros, que enfrentam turnos de 24 horas há quase duas semanas sob uma intensa vaga de calor. Esta situação expõe potenciais fragilidades no dispositivo de combate, tanto a nível de equipamento como de gestão de recursos humanos, e torna a opção de não recorrer à ajuda europeia uma decisão politicamente relevante, que coloca todo o peso da resposta nos ombros dos operacionais e meios nacionais.