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Atualidade August 6, 2025

Causas dos fogos em debate: entre o crime de fogo posto e a má gestão do território

Enquanto centenas de operacionais combatem as chamas no terreno, a discussão sobre as origens dos incêndios em Portugal intensifica-se, dividindo-se entre a ação criminosa e as falhas estruturais na gestão da floresta.

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A Polícia Judiciária (PJ) traçou o perfil do incendiário típico, descrevendo-o maioritariamente como um homem com baixa literacia e problemas de alcoolismo, e anunciou a detenção de três suspeitos de fogo posto.

No entanto, a PJ afirma não ter, para já, elementos que comprovem a existência de crime organizado por detrás destas ocorrências.

Por outro lado, especialistas e ex-dirigentes do setor florestal apontam o dedo a problemas crónicos de ordenamento do território. José Cardoso Pereira, docente do Instituto Superior de Agronomia, defendeu a necessidade de uma “gestão coordenada” da pequena propriedade e a “dinamização da pastorícia tradicional” como formas de reduzir a acumulação de combustível. Na mesma linha, o ex-diretor-geral dos Recursos Florestais, Francisco Castro Rego, criticou a falta de aproveitamento da biomassa, argumentando que incêndios como os da última semana no Norte “não teriam sido tão violentos” se o excesso de vegetação tivesse sido tratado. O aumento de queixas de cidadãos sobre a falta de limpeza de matas e terrenos, dirigidas principalmente às autarquias, reforça a perceção de que a prevenção continua a ser um elo fraco no sistema.

ai briefingEm resumo
O problema dos incêndios em Portugal é multifacetado, combinando a componente criminal do fogo posto com falhas sistémicas na gestão florestal e na limpeza de terrenos, que continuam a ser apontadas por especialistas como cruciais para a prevenção.

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