O fogo, que consumiu uma área estimada em 500 hectares, chegou a ameaçar a aldeia de Pinduradouro, exigindo a colaboração da população local para proteger habitações e bens.
O alerta foi dado pelas 10h00, e as chamas propagaram-se rapidamente numa zona de mato rasteiro e combustível fino.
O comandante dos bombeiros, Hugo Silva, descreveu o combate como "difícil devido ao vento forte e à orografia e ao fumo", mas confirmou que o incêndio foi dominado ao final da tarde.
A presidente da Câmara, Ana Rita Dias, referiu que informações de populares apontam para duas ignições em simultâneo na origem do fogo.
A proximidade das chamas à aldeia de Pinduradouro gerou momentos de grande preocupação, levando os populares a juntarem-se aos bombeiros no combate.
Um residente, Domingos Gonçalves, utilizou o seu trator com cisterna para ajudar a proteger pastos e o seu rebanho.
A intervenção conjunta conseguiu evitar que as chamas atingissem as habitações, tendo apenas sido afetada uma casa devoluta.
Durante as operações, dois bombeiros foram assistidos por exaustão e um popular por inalação de fumo, todos considerados feridos ligeiros.
No auge do combate, estiveram no terreno mais de 220 operacionais, apoiados por 67 viaturas e sete meios aéreos.