A ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, explicou que existe um "largo consenso" sobre a necessidade de uma consideração especial para este tipo de crime, dada a sua capacidade de causar danos extensos à comunidade. A proposta surge num contexto de múltiplas detenções de suspeitos de fogo posto por todo o país.
No entanto, a medida gera debate entre especialistas.
A advogada Suzana Garcia alertou que "não adianta mexermos em penas se continuarmos a permitir que as suspensões nestes crimes gravíssimos" continuem a ser uma prática comum nos tribunais. Por outro lado, a psicóloga Mélanie Tavares distinguiu os perfis de incendiários e pirómanos, salientando que estes últimos não agem "com a intenção de prejudicar alguém", mas sim para "serenar um prazer e uma satisfação associados ao fogo", o que sugere a necessidade de abordagens diferenciadas, não apenas punitivas, para lidar com as várias motivações por detrás do crime.