Em declarações aos jornalistas, Montenegro reconheceu o "desgaste muito assinalável" dos operacionais no terreno, a quem expressou "grande reconhecimento e gratidão", mas insistiu na suficiência dos meios.
"Temos meios que não são ilimitados, quer do ponto de vista humano, quer do ponto de vista técnico e operacional", admitiu.
A sua posição contrasta com as denúncias de João Paulo Saraiva, presidente da Associação de Proteção Civil (ASPROSOC), que afirmou à Antena 1 que pilotos da Força Aérea "aproveitam as suas férias e as suas licenças sem vencimento para prestar serviços para as empresas privadas que estão a disponibilizar os meios no combate a incêndios". Esta situação levanta questões sobre a disponibilidade de tripulações para os meios do Estado, incluindo as aeronaves C-130 que o Governo pretende equipar com novos kits de combate.
A ASPROSOC chegou mesmo a pedir a demissão do Ministro da Defesa, Nuno Melo, acusando-o de não saber conduzir o dossier dos meios aéreos.