Nas suas declarações, Betty Grafstein é explícita sobre a violência que alega ter sofrido: "O José deu-me tantos murros na cabeça que fui uma idiota por ficar com ele. Tinha medo". Estas palavras vêm reforçar as denúncias que deram início ao processo judicial em Portugal, após a sua hospitalização. A joalheira, de 95 anos, decidiu assumir o medo que sentia do marido, detalhando um padrão de abuso que, segundo ela, marcou a sua relação de vários anos. A divulgação destes testemunhos diretos intensificou o escrutínio mediático e público sobre o caso, que envolve duas figuras conhecidas internacionalmente. A aparente clareza e determinação de Grafstein nas suas afirmações trouxeram uma nova dimensão ao processo, que continua a ser investigado pelas autoridades portuguesas. O caso tem suscitado um amplo debate sobre a violência doméstica, especialmente contra idosos, e a complexidade de denunciar abusos em relações de longa duração marcadas por dependência e medo.