O relatório aponta que as probabilidades de sobrevivência da vítima eram “quase nulas”, dado o seu quadro clínico.
O caso remonta a 31 de outubro de 2024, quando um homem de 73 anos se sentiu mal em casa e os meios do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) demoraram cerca de 40 minutos a chegar para prestar socorro. A morte ocorreu durante um período de greve às horas extraordinárias dos técnicos do INEM, o que levantou suspeitas sobre a eficácia da resposta de emergência. A IGAS abriu um inquérito ao atendimento prestado pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) para apurar se a paralisação teria contribuído para o óbito. No relatório finalizado a 31 de julho de 2025, a inspeção concluiu que, embora tenha havido um atraso, não foi possível estabelecer um nexo de causalidade entre o tempo de resposta e a morte do utente. Segundo a IGAS, as “probabilidades de sobrevivência do utente seriam bastante limitadas, quase nulas”, independentemente do tempo de socorro.
Este foi o sétimo de doze inquéritos concluídos pela IGAS relacionados com mortes ocorridas durante o período da greve.
O Ministério Público mantém ainda seis inquéritos em curso sobre outros casos.
O relatório foi enviado ao INEM, à Unidade Local de Saúde do Alentejo Central, ao Ministério Público e ao Ministério da Saúde para análise.