O tribunal, no entanto, rejeitou o pedido, reconhecendo a legitimidade da atuação da associação.

Joana Machado, cofundadora da Frente Animal, celebrou a decisão como “uma vitória inédita pelos animais neste contexto”, que reflete “uma sociedade que não aceita ver animais tratados desta forma”.

Por seu lado, fonte oficial do Pingo Doce anunciou que irá recorrer, sublinhando que a própria sentença critica a associação. Segundo a empresa, o tribunal “não tem grande dúvida” de que assiste ao Pingo Doce “o direito de agir contra” a Frente Animal por esta ter atuado “de forma precipitada, desonesta, afinal não tão esclarecedora do consumidor”. A sentença terá também apontado que a associação não esclareceu que as imagens não provinham diretamente de instalações do Pingo Doce.

O caso ilustra a crescente tensão entre a defesa da imagem corporativa e o ativismo pelos direitos dos animais, colocando em confronto o direito à informação e a proteção contra campanhas consideradas difamatórias.