Este processo, com um total de 21 arguidos, é um dos mais complexos e politicamente sensíveis da história da justiça portuguesa.

Pouco depois, a 8 de setembro, prossegue o julgamento do caso principal do Banco Espírito Santo (BES), com Ricardo Salgado como figura central, onde o tribunal continuará a ouvir uma lista de mais de 700 testemunhas. O caso relacionado com o BES Angola (BESA), que também envolve Salgado e o ex-presidente do BESA, Álvaro Sobrinho, regressa a 15 de setembro, focando-se em crimes como abuso de confiança e branqueamento de capitais que terão lesado o BES em quase 4,8 mil milhões de euros. Outubro será igualmente intenso, com o início do julgamento da Operação Lex, que senta no banco dos réus o ex-presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o ex-desembargador Rui Rangel, por suspeitas de corrupção e tráfico de influências. No mesmo mês, espera-se a leitura do acórdão do caso das 'golas antifumo', que envolve o ex-secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, e o julgamento do agente da PSP acusado do homicídio de Odair Moniz na Cova da Moura. A reabertura dos tribunais concentra, assim, as atenções em casos que testam a eficácia do sistema no combate à corrupção e à criminalidade complexa.