A acusação do Ministério Público (MP) detalha dois assaltos violentos.

O primeiro ocorreu a 28 de agosto de 2024, quando dois suspeitos, disfarçados e armados com um revólver e um martelo, intimidaram as funcionárias e levaram artigos de valor e dinheiro. O segundo assalto, a 18 de setembro, visou outra ourivesaria, onde os proprietários foram ameaçados com uma arma e os assaltantes levaram dezenas de artigos avaliados em cerca de 16.500 euros. Durante a primeira sessão do julgamento, um agente da PSP relatou como a investigação, iniciada com a análise de imagens de videovigilância, permitiu identificar a viatura alugada e os suspeitos.

As autoridades seguiram os seus movimentos, incluindo várias deslocações a Fátima para reconhecimento dos locais.

Após o segundo assalto, foi montada uma operação conjunta entre a PSP e a Polícia Judiciária que resultou na interceção dos suspeitos na Ponte 25 de Abril.

Durante a perseguição, um dos indivíduos tentou atirar ao rio um saco com provas, incluindo o revólver, munições e artigos roubados, mas o saco ficou preso na estrutura da ponte.

Os três suspeitos foram detidos no local após tentarem fugir a pé.

Dos três arguidos presentes, dois optaram por não prestar declarações.

O MP pede que cerca de 40 mil euros, alegadamente obtidos com os crimes, sejam declarados perdidos a favor do Estado.