O principal suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann, Christian Brueckner, poderá ser libertado da prisão em breve, o que está a gerar uma elevada preocupação entre as autoridades alemãs. O Ministério Público alemão teme um risco iminente de fuga e de reincidência em crimes de natureza sexual, mas reafirma que Brueckner continua a ser o único suspeito pela morte da criança inglesa. A libertação antecipada de Brueckner tornou-se uma possibilidade concreta após este ter cumprido dois terços de uma pena por tráfico de droga. Um obstáculo que poderia mantê-lo detido, o não pagamento de multas no valor de 1.446 euros, foi ultrapassado quando um "doador mistério" liquidou a quantia.
Embora o cidadão alemão ainda enfrente uma condenação pendente pela violação de uma norte-americana de 72 anos em Portugal, em 2005, a sua libertação parece iminente.
O procurador do Ministério Público alemão expressou sérias preocupações, afirmando à SIC que um perito psiquiátrico concluiu que "é de esperar que volte a cometer crimes, em particular crimes sexuais".
Esta avaliação é agravada pelo facto de o arguido não ter recebido "qualquer terapia durante o período de reclusão".
Como medida preventiva, foi solicitada a aplicação de vigilância com pulseira eletrónica.
As autoridades alemãs reiteram que, após cinco anos de investigação, não surgiu qualquer prova que ilibasse Brueckner no caso McCann.
"Para nós, Christian Brueckner continua a ser responsável pela morte de Madeleine.
Ele é o único suspeito", declarou o procurador.
Em resumoA iminente libertação de Christian Brueckner representa um desafio significativo para as autoridades alemãs, que procuram impor medidas de vigilância apertadas. O caso mantém-se num impasse, com o principal suspeito prestes a sair em liberdade, enquanto a investigação sobre o desaparecimento de Madeleine McCann continua sem uma acusação formal.