No entanto, as vítimas eram mantidas "em deploráveis condições de habitabilidade e alimentação, sob constante ameaça e coação". Os suspeitos intermediavam o fornecimento de mão-de-obra junto de empregadores espanhóis e apropriavam-se da quase totalidade dos salários das vítimas.

Durante as buscas em Espanha, foram resgatadas cinco vítimas, com idades entre 25 e 58 anos. Duas destas vítimas tinham sido sequestradas em Portugal em abril, sob ameaça de arma de fogo, e forçadas a viajar para Espanha. Após a extradição em agosto, os arguidos foram presentes ao Tribunal de Instrução Criminal de Castelo Branco, que decretou prisão preventiva para três deles, obrigação de permanência na habitação com vigilância eletrónica para um, e apresentações periódicas para os restantes dois.