A acusação sustenta que o principal arguido "utilizava a vítima para obter dinheiro através de esquemas fraudulentos" e que a castigava quando esta não lhe entregava os valores obtidos. Em dezembro de 2024, o arguido terá mantido a vítima retida na sua residência para o forçar a pagar uma dívida. A situação culminou a 29 de janeiro de 2025 quando, por vingança relacionada com as mesmas dívidas, o arguido terá decidido matar a vítima, disparando um tiro na sua cabeça dentro da habitação, em Fernão Ferro. Após o crime, com a ajuda do segundo arguido, transportou o corpo na bagageira de um automóvel para a zona da praia da Ponta dos Corvos. Aí, colocou o cadáver num caixote do lixo e ateou-lhe fogo, "carbonizando-o, para o eliminar, evitar a sua identificação e, dessa forma, impedir a descoberta da autoria do crime".

O principal arguido, que se encontra em prisão preventiva, tinha ainda na sua posse armas ilegais e estupefacientes.