O colégio arbitral decretou serviços mínimos que, ao contrário de outras greves, asseguram direitos como as visitas semanais aos reclusos, a entrega de roupa, o acesso à "cantina semanal" e a frequência de atividades letivas. A exclusão do trabalho de vindima dos serviços mínimos foi um ponto de destaque. O presidente do SNCGP, Frederico Morais, congratulou-se com a decisão, frisando que "a presença de guardas para garantir a segurança do estabelecimento se deve sobrepor ao acompanhamento do trabalho das vindimas".

Esta posição sublinha a prioridade dada à segurança, especialmente num contexto de falta de pessoal e após incidentes como a recente detenção de um homem que tentava introduzir telemóveis na prisão. A greve em Alcoentre, local da prisão de Vale de Judeus, ocorre num momento sensível, um ano após a mediática fuga de reclusos, e serve como mais um alerta para as condições precárias e a sobrecarga de trabalho que afetam o sistema prisional português.