A iminente libertação de Christian Brückner, principal e único suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann, está a gerar elevada apreensão nas autoridades alemãs, que temem uma fuga permanente e a reincidência em crimes sexuais. O Ministério Público procura garantir a aplicação de vigilância eletrónica, face à ausência de novas acusações que o possam manter detido. Brückner está prestes a terminar o cumprimento de uma pena de sete anos de prisão por um crime de violação cometido no Algarve em 2005, não relacionado com o caso Maddie. A sua libertação está prevista para a semana seguinte, e as autoridades alemãs encontram-se num impasse jurídico: apesar de o considerarem "muito perigoso", não existem, de momento, provas suficientes para deduzir uma acusação formal pelo desaparecimento da criança britânica.
O procurador do caso manifestou publicamente o receio de que, após ser libertado, Brückner "desapareça para sempre do mapa". Como medida de prevenção, foi solicitada a um tribunal a aplicação de medidas de vigilância, nomeadamente o uso de pulseira eletrónica.
A decisão ainda está pendente.
Um perito psiquiátrico que o avaliou durante o último julgamento concluiu que é de esperar que ele volte a cometer crimes, especialmente de natureza sexual. O Ministério Público alemão reafirmou que, após cinco anos de investigação, Brückner continua a ser o "único suspeito" no caso Maddie, não tendo surgido qualquer prova que o ilibasse.
Em resumoA libertação de Christian Brückner representa um momento crítico no caso Maddie McCann, colocando as autoridades alemãs perante o dilema de não ter provas para uma nova acusação contra um suspeito que consideram perigoso. A aplicação de vigilância eletrónica surge como a principal ferramenta para mitigar o risco de fuga e reincidência.