O Ministério Público já iniciou a audição de testemunhas, enquanto relatórios preliminares apontam para uma falha catastrófica no sistema de cabos do ascensor.
A sequência de eventos que levou ao descarrilamento fatal está a ser minuciosamente examinada por múltiplas entidades. O relatório preliminar do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) foi um dos primeiros a fornecer detalhes técnicos, indicando que “o cabo que unia as duas cabinas cedeu no seu ponto de fixação”. A investigação sugere que uma alteração crucial, realizada há seis anos, na qual o cabo original de aço foi substituído por um com “alma em fibra”, pode estar na origem da falha. Especialistas apontam que o sistema de amarração não foi adaptado para o novo tipo de cabo, o que, com o tempo, terá levado à sua soltura. O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, reagiu com cautela, afirmando não querer “conclusões precipitadas”, mas admitiu que “uma decisão de há seis anos pode ter tido este impacto”.
Paralelamente, o Ministério Público instaurou um inquérito, que se encontra em segredo de justiça, e já recolheu “extensa prova documental e material”. A Câmara Municipal de Lisboa, por sua vez, aprovou um conjunto de medidas de apoio às vítimas e propôs a criação de um “novo sistema tecnológico” para o futuro elevador, visando garantir a “segurança máxima”. Enquanto as investigações prosseguem, foi implementada uma carreira de autocarro alternativa (51E) para mitigar os transtornos de mobilidade na zona.














