Cláudio Coimbra, um dos ex-fuzileiros condenados a uma pena pesada de prisão pela morte do agente da PSP Fábio Guerra em 2022, enfrenta um novo julgamento por um crime de violência similar. O Ministério Público pediu uma nova pena de prisão efetiva, desta vez pela agressão a um militar da GNR fora de serviço, ocorrida meses antes do homicídio do agente da PSP. Neste novo processo, Coimbra e o seu irmão são acusados de um crime de ofensa à integridade física qualificada. Segundo a acusação, em novembro de 2021, dentro de uma discoteca no Cais do Sodré, em Lisboa, os arguidos agrediram o militar da GNR, desferindo-lhe um murro que o fez cair e pontapeando-o na cabeça enquanto estava no chão.
Durante o julgamento, Cláudio Coimbra optou por permanecer em silêncio.
O procurador do Ministério Público considerou provado que foi Coimbra quem desferiu o soco inicial, baseando a sua convicção no testemunho de um amigo da vítima que o identificou. No entanto, não foi possível apurar quem desferiu os pontapés.
A defesa de Coimbra desvalorizou a identificação, argumentando que a testemunha só o reconheceu após a sua imagem ter sido amplamente divulgada nos meios de comunicação social devido ao caso de Fábio Guerra. O MP pediu a condenação de Cláudio Coimbra a pena de prisão efetiva e a absolvição do seu irmão, que não compareceu ao julgamento.
A família do agente Fábio Guerra esteve presente no tribunal em sinal de apoio à vítima.
A leitura da sentença está agendada para 17 de setembro.
Em resumoJá a cumprir uma pena de 20 anos pela morte de um polícia, o ex-fuzileiro Cláudio Coimbra enfrenta agora a possibilidade de uma nova condenação a prisão efetiva por uma agressão violenta a um militar da GNR. O caso reforça o perfil de violência do arguido e testa novamente o sistema de justiça perante crimes cometidos por elementos com treino militar.