Embora a família tenha recebido uma indemnização global inicial, este apoio específico, que deveria ser pago anualmente, nunca foi concretizado.

O advogado da família, José Gaspar Schwalbach, declarou que, apesar de múltiplos contactos desde dezembro de 2024, a resposta das autoridades foi um "total silêncio".

A defesa argumenta que a condição para o pagamento era a continuação dos estudos, o que se verifica.

O MAI, em comunicado, reconheceu a dívida, justificando o atraso com a "necessária articulação entre entidades administrativas, na sequência da extinção do SEF" e garantiu que o valor será pago.

O caso expõe as dificuldades burocráticas decorrentes da reestruturação das forças de segurança e levanta questões sobre a celeridade e o cumprimento das obrigações do Estado para com as vítimas de um dos mais graves casos de violência estatal da história recente de Portugal.