A sua libertação gera preocupação e intensifica o debate sobre a falta de provas que permitam uma acusação formal no "caso Maddie". A saída de Brueckner da prisão ocorreu após o cumprimento integral de uma sentença pela violação de uma mulher idosa no Algarve em 2005. Apesar da forte convicção das autoridades alemãs, que, segundo o comentador Rogério Alves, têm a "convicção profunda de que Brückner é responsável pelo que aconteceu a Maddie", não existem ainda indícios sólidos para formalizar uma acusação.
A libertação foi acompanhada de medidas de vigilância, como a aplicação de pulseira eletrónica e a proibição de sair do país, refletindo a preocupação das autoridades. O procurador alemão, Christian Wolters, manifestou publicamente o receio de que Brueckner, considerado perigoso, volte a cometer crimes, uma vez que uma avaliação psiquiátrica indicou um elevado risco de reincidência em crimes sexuais e este não recebeu qualquer terapia durante a reclusão.
A sua permanência na prisão poderia ter sido prolongada por mais 56 dias devido a uma multa por pagar, mas uma doação anónima saldou a dívida.
A complexidade do caso é acentuada pela recusa do suspeito em ser interrogado pela polícia britânica e pelo facto de as recentes buscas realizadas em Lagos, a pedido da Alemanha, não terem produzido provas conclusivas.
A situação atual ilustra o dilema judicial de ter um suspeito principal sobre o qual recaem fortes suspeitas, mas sem provas materiais suficientes para sustentar um julgamento, deixando o caso, volvidos mais de 17 anos, num impasse.













