A ação destaca a crescente sofisticação do cibercrime e a importância da cooperação policial internacional.

A operação, realizada em colaboração com a polícia sueca e com o apoio da Europol e da Eurojust, resultou na detenção de 65 suspeitos e na realização de 73 buscas domiciliárias, principalmente no Algarve, Lisboa e Braga. O esquema visava maioritariamente cidadãos suecos com mais de 65 anos, que eram enganados através de 'phishing', sendo convencidos a fornecer os seus códigos de acesso a contas bancárias.

Os fundos eram depois transferidos para contas em Portugal e noutros países, controladas por 'money mules' recrutados pela organização.

O núcleo duro do grupo era composto por três cidadãos suecos que residiam e operavam a partir de Portugal. Os lucros ilícitos eram branqueados através da aquisição de bens de luxo, como viaturas de alta cilindrada, joias e relógios valiosos, que foram apreendidos durante as buscas. Foram também apreendidas 76 contas bancárias e 11 carteiras de criptoativos.

Segundo o diretor da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ, Carlos Cabreiro, o grupo estaria "provavelmente" a preparar-se para começar a visar também cidadãos portugueses.

A operação 'Pivot' evidencia a capacidade das redes criminosas de atuarem além-fronteiras e a resposta coordenada das autoridades europeias para as combater.