A sentença do Tribunal São João Novo considerou a "extrema violência" do crime e as "elevadíssimas" necessidades de prevenção geral para este tipo de violência. O crime ocorreu a 8 de julho de 2024, quando o arguido, Paulo Nogueira, matou a vítima com dois tiros de caçadeira.

Após o homicídio, colocou-se em fuga, mas acabou por se entregar às autoridades em Estarreja.

Durante o julgamento, confessou o crime e admitiu que controlava a ex-namorada através de um dispositivo de GPS que instalara no carro dela.

Em tribunal, afirmou: "Não sei o que me passou pela cabeça, peguei na arma e dei-lhe dois tiros".

O presidente do coletivo de juízes classificou o crime como "gravíssimo", destacando a sua "extrema violência" e o facto de a vítima não ter tido "qualquer possibilidade de resistir". O tribunal sublinhou que a resposta judicial a este tipo de crimes deve ser "firme e severa" para cumprir as necessidades de prevenção. Além da pena de prisão, o homicida foi condenado a pagar uma indemnização de 187 mil euros ao filho menor da vítima, de 11 anos, e a cobrir as despesas fúnebres.

A confissão e o arrependimento manifestado pelo arguido foram considerados como fatores atenuantes na determinação da pena.