A operação, denominada 'Pivot', foi coordenada pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ e contou com a colaboração da Europol e da Eurojust.

Foram realizadas 73 buscas domiciliárias em várias zonas do país, com especial incidência no Algarve, Lisboa e na região de Braga. O 'modus operandi' consistia em esquemas de 'phishing', através dos quais as vítimas, na sua maioria com mais de 65 anos, eram convencidas a fornecer os seus códigos de acesso a contas bancárias. Posteriormente, os fundos eram transferidos de forma não autorizada para contas em Portugal e outros países.

O núcleo principal do grupo era composto por três cidadãos suecos que residiam e atuavam a partir de Portugal. Estes recrutavam dezenas de 'money mules' — cidadãos portugueses e de outras nacionalidades — que cediam as suas contas bancárias para ocultar e dissipar os montantes obtidos ilicitamente, num claro esquema de branqueamento de capitais. Durante as buscas, foram apreendidos diversos bens de luxo, como viaturas de alta cilindrada, joias e relógios valiosos, para além de material informático e documentação que corroboram os indícios dos crimes de burla qualificada, branqueamento de capitais e criminalidade informática.