A investigação, denominada "Operação Cheque In", culminou na constituição de um arguido e visa esclarecer a legalidade do pagamento que abalou a companhia aérea e o governo. As diligências, que ocorreram no dia 23 de setembro, abrangeram a sede da TAP, um escritório de advogados em Lisboa e equipamentos informáticos na Secretaria-Geral do Governo. O inquérito, dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, investiga suspeitas da prática de crimes de administração danosa, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, participação económica em negócio e abuso de poder. O arguido constituído pertence à sociedade de advogados que prestou assessoria à TAP no processo de saída de Alexandra Reis. O caso remonta ao final de 2022, quando a revelação do valor da compensação gerou forte contestação pública e política, levando à demissão da própria Alexandra Reis do cargo de Secretária de Estado do Tesouro e contribuindo para a saída do então ministro das Infraestruturas.
Posteriormente, a gestora anunciou a devolução de 266.412,76 euros à transportadora aérea.
A TAP, em comunicado, assegurou estar a colaborar plenamente com as autoridades.
A operação mobilizou um significativo aparato judicial, incluindo procuradores da República, um juiz de instrução e cerca de 20 inspetores e especialistas da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, que procuram apreender documentação relevante para determinar se foram cometidas ilegalidades na atribuição da controversa indemnização.













