O caso do desaparecimento de Mónica Silva, a grávida da Murtosa, continua a gerar desenvolvimentos judiciais, desta vez com o foco num processo de difamação movido por Fernando Valente, principal suspeito do desaparecimento e entretanto absolvido, contra a irmã e a tia da vítima. O julgamento, que teve início a 22 de setembro no Tribunal de Estarreja, expõe a profunda fratura e a batalha de narrativas entre as partes, mantendo o caso sob intensa atenção mediática. Fernando Valente acusa Sara Silva, irmã gémea de Mónica, e Filomena Silva, tia, de o terem humilhado e ameaçado através de publicações em redes sociais e declarações à comunicação social após a sua libertação.
O empresário reclama uma indemnização total de seis mil euros por danos morais, alegando que as acusações públicas o transformaram num "monstro".
Durante a primeira sessão, as familiares de Mónica Silva mantiveram a sua posição.
Sara Silva afirmou perante o juiz: "Mantenho tudo o que disse". Filomena Silva, por sua vez, declarou à imprensa que Fernando Valente "quer fazer que é vítima, mas não é vítima nenhuma" e que o caso "ainda não acabou". A defesa da família, a cargo do advogado António Falé de Carvalho, que assumiu também a representação de Filomena após a recusa de outros advogados, aponta para a existência de lacunas no processo principal que levou à absolvição de Valente. Este novo processo judicial ocorre enquanto a investigação ao desaparecimento de Mónica Silva, em outubro de 2023, continua sem conclusões, aprofundando a angústia da família e a complexidade do caso.
Em resumoO julgamento por difamação de Fernando Valente contra a família de Mónica Silva marca um novo capítulo no mediático caso da grávida da Murtosa. Enquanto Valente procura uma reparação pela sua imagem, a família da desaparecida reafirma as suas convicções, evidenciando um conflito que transcende os tribunais e que se desenrola em paralelo com a investigação ainda por resolver.