A investigação, que decorria há cerca de um ano e meio sob a direção do DIAP do Porto, revelou um esquema fraudulento complexo.
O 'modus operandi' consistia na aquisição de viaturas no espaço intracomunitário por empresas de fachada portuguesas, que posteriormente adulteravam o regime de IVA aplicável para reduzir ou eliminar o imposto a pagar. A operação envolveu 43 mandados de busca, executados em stands, escritórios e residências nos distritos de Braga, Porto, Aveiro e Setúbal, bem como no Brasil. As autoridades apreenderam um vasto património avaliado em mais de dois milhões de euros, incluindo 84 viaturas, três armas de fogo, 4.900 euros em numerário e equipamento informático. Os arguidos enfrentam acusações de fraude fiscal qualificada, associação criminosa e branqueamento de capitais. Após o primeiro interrogatório judicial, um dos detidos, César Filipe Teixeira Magalhães, ficou em prisão preventiva, enquanto os restantes foram libertados mediante o pagamento de cauções entre 20 e 60 mil euros e com proibição de se ausentarem do país. Entre os arguidos está também Nuno Alexandre Pinto da Silva, conhecido como “Vidrinhos”, que se encontra em fuga no Brasil e foi alvo de buscas naquele país.













