O inquérito teve início a 8 de setembro, quando a adolescente, ao descobrir a gravidez, relatou os factos a um familiar próximo, identificando o próprio pai como o autor dos abusos.

A denúncia foi formalizada e comunicada à PJ de Braga, que rapidamente iniciou diligências de investigação. As autoridades não só confirmaram o teor da queixa como apuraram a existência de uma segunda vítima, a irmã mais nova, de apenas 9 anos. A investigação revelou que os abusos terão começado em Angola, onde as meninas residiam antes de se mudarem para Portugal no final de 2024, para ficarem ao cuidado do pai em Ponte de Lima.

Após a mudança, os crimes terão continuado.

Ao tomar conhecimento da denúncia, o suspeito fugiu de casa, tendo sido localizado e detido pela PJ num bairro social no Porto. Presente ao Tribunal Judicial de Ponte de Lima, foi-lhe aplicada a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva. O homem está agora indiciado pela prática de "múltiplos" crimes de abuso sexual de crianças e de abuso sexual de menores dependentes ou em situação de particular vulnerabilidade, aguardando o desenrolar do processo em reclusão.