O processo senta no banco dos réus 16 arguidos, incluindo o ex-presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e os ex-juízes desembargadores Rui Rangel e Luís Vaz das Neves.
As primeiras sessões decorrerão no STJ, prosseguindo depois no Tribunal Militar de Lisboa.
A data de início do julgamento surge apenas quatro dias após as eleições para a presidência do Benfica, às quais Luís Filipe Vieira é candidato. A acusação do Ministério Público, liderada pela procuradora-geral adjunta Maria José Morgado, imputa aos arguidos a prática de crimes de corrupção, abuso de poder, recebimento indevido de vantagem, fraude fiscal, branqueamento de capitais e falsificação de documento. A investigação centrou-se na atividade de Rui Rangel, Fátima Galante e Luís Vaz das Neves, que, segundo a acusação, utilizaram as suas funções no Tribunal da Relação de Lisboa para obterem vantagens indevidas para si ou para terceiros.
O processo, conhecido publicamente em janeiro de 2018, teve origem numa certidão extraída da "Operação Rota do Atlântico", que envolveu o empresário de futebol José Veiga. O arranque do julgamento sofreu alguns constrangimentos, incluindo a necessidade de nomear um novo coletivo de juízes em maio de 2025, após o juiz conselheiro relator inicial ter pedido a reforma, um reflexo do elevado número de juízes próximos da jubilação no STJ.














