O arguido arrendava casas de férias que não lhe pertenciam, conseguindo enganar múltiplos pretensos inquilinos em vários concelhos da região Oeste.
O plano, executado durante o verão de 2023, consistia em identificar habitações desabitadas, muitas delas de proprietários estrangeiros, trocar as fechaduras para garantir o acesso e, de seguida, anunciá-las em portais imobiliários como o Idealista a preços atrativos. O arguido elaborava falsos contratos de arrendamento e solicitava o pagamento de rendas e cauções em numerário para evitar deixar rasto.
Segundo o acórdão, o homem fez desta atividade o seu "modo de vida", uma vez que não tinha outra profissão.
Os crimes ocorreram nos concelhos de Alcobaça, Óbidos, Peniche e Caldas da Rainha.
A situação chegou a um ponto em que, em alguns casos, "houve proprietários que chegaram às casas e as encontraram ocupadas por pessoas que as tinham alugado".
O arguido foi detido pela GNR em abril de 2024. Foi condenado por um crime de burla qualificada, sete de falsificação de documento, seis de violação de domicílio e seis de dano. Além da pena de prisão, o tribunal declarou a perda de 13.300 euros a favor do Estado e condenou-o a pagar 2.700 euros em indemnizações a duas das vítimas.














