Os suspeitos recorriam a diversos métodos de engenharia social para enganar as vítimas. Entre os esquemas mais utilizados estavam as burlas conhecidas como "Olá pai, Olá mãe", em que se faziam passar por filhos a pedir dinheiro com urgência, e o envio de SMS fraudulentos para pagamento de encomendas ou despesas em instituições públicas. A rede atuava também na plataforma Marketplace, simulando a prestação de serviços de táxi de longo curso para obter pagamentos adiantados por serviços nunca prestados.

Outro método visava especificamente a comunidade LGBTQ, através da aplicação de encontros "Grindr".

Neste esquema de "sextorsion", os suspeitos marcavam encontros online, trocavam fotografias de cariz sexual com as vítimas e, posteriormente, ameaçavam-nas com a publicação das imagens caso não lhes fosse entregue uma determinada quantia monetária.

A investigação, titulada pelo DIAP de Castelo Branco, já permitiu formalizar 120 queixas-crime.

O dinheiro obtido ilicitamente era "dissipado por várias contas bancárias pertencentes a vários angariadores", conhecidos como "mulas", que participavam no esquema e cuja atividade, segundo a PJ, já cessou.

O casal detido foi presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.