A nomeação de um quarto procurador sublinha a complexidade e a importância do processo, que tem o ex-primeiro-ministro José Sócrates como principal arguido. A decisão do procurador-geral da República determinou a nomeação de Hugo Neto para integrar a equipa de acusação. Hugo Neto é um procurador com experiência em casos de grande mediatismo, como a “Operação Influencer” e o “caso EDP”.

Ele junta-se aos procuradores Rómulo Mateus, Rui Real e Nadine Xarope, que têm estado a conduzir a acusação desde o início do julgamento.

A PGR esclareceu ainda que, “sempre que tal seja necessário”, magistrados que participaram nas fases de inquérito e instrução poderão também intervir no processo. Esta medida surge numa altura em que o julgamento, iniciado a 3 de julho, se encontra em pleno andamento no Tribunal Central Criminal de Lisboa, com a audição de vários dos 21 arguidos e testemunhas.

Uma das notícias refere que a procuradora Nadine Xarope terá pedido para ser afastada do caso, já tendo sido nomeado um substituto.

O reforço da equipa é visto como uma resposta à dimensão do processo, que envolve 117 crimes económico-financeiros, maioritariamente de corrupção e branqueamento de capitais.