Durante o inquérito, o Ministério Público (MP) acedeu a dados de faturação telefónica, localização do telemóvel e contas bancárias do magistrado.
Num comunicado, a PGR assegurou que não foram realizadas interceções telefónicas e que todas as diligências "respeitaram todos os direitos, liberdades e garantias legalmente consagrados", tendo sido validadas por um juiz.
O próprio juiz Ivo Rosa reagiu publicamente, afirmando nunca ter sido "informado, contactado ou notificado no âmbito de qualquer inquérito" e que apenas soube do caso pela comunicação social, mostrando-se perplexo. O caso motivou a reação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que sugeriu uma "reflexão interna da justiça", nomeadamente no Conselho Superior da Magistratura e no Conselho Superior do Ministério Público, sobre o seu funcionamento. O Presidente salientou que, para investigar com meios tão intrusivos, "provavelmente precisou de um juiz que assinasse", o que torna a questão um problema da "justiça como um todo". O arquivamento do processo, a 20 de março de 2024, não apaziguou a controvérsia, que se centra na legitimidade de uma investigação prolongada e sigilosa a um juiz, baseada numa denúncia anónima que se revelou inconsistente.













