Esta iniciativa visa substituir a linha atual por um serviço mais abrangente, especializado e com atendimento permanente, em conformidade com as obrigações internacionais de Portugal.

A nova linha será gratuita, confidencial, multilingue e acessível 24 horas por dia, sete dias por semana.

De acordo com o executivo, será "gerida por pessoal qualificado" para prestar apoio a vítimas de todas as formas de violência de género, incluindo não apenas a violência doméstica, mas também violência no namoro, violência sexual, mutilação genital feminina, casamento forçado, perseguição (stalking) e assédio.

Esta abordagem mais ampla e profissionalizada representa uma melhoria significativa em relação ao serviço existente, que se foca exclusivamente na violência doméstica e não garante atendimento permanente por equipas especializadas.

O Ministério da Cultura, Juventude e Desporto explicou que a criação desta linha responde às recomendações do GREVIO (Grupo de Peritos para o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica), que supervisiona a implementação da Convenção de Istambul. O GREVIO tinha identificado "a necessidade urgente de adaptar e melhorar a linha existente".

O novo serviço será integrado com os canais já existentes (SMS e e-mail) e articulado com outras redes de apoio nacionais para permitir um encaminhamento rápido e eficaz das vítimas. A proposta do OE2026 prevê também "alargar as respostas de apoio psicológico a crianças vítimas de violência doméstica".