Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o professor aproveitava-se da sua posição e da ascendência que detinha sobre os alunos para os aliciar.
Os crimes terão ocorrido entre dezembro de 2022 e fevereiro de 2025, visando jovens com menos de 16 anos à data dos factos.
O arguido lecionou em escolas de música nos concelhos da Lourinhã, Óbidos e Torres Vedras.
O 'modus operandi' consistia em contactar as vítimas através das redes sociais, iniciando conversas sobre assuntos quotidianos para "criar confiança" antes de avançar para temas de "cariz sexual".
O professor pedia aos jovens que enviassem fotografias e vídeos de conteúdo íntimo, oferecendo em troca dinheiro ou "favores relacionados com a disciplina que lecionava". Num dos casos, terá prometido uma fotografia do teste de avaliação em troca de imagens íntimas.
A acusação detalha ainda que o arguido chegou a encontrar-se presencialmente com uma das vítimas para manter contactos sexuais, que foram filmados. O MP sustenta que o docente se "aproveitou da incapacidade" das vítimas, decorrente da sua idade, para "avaliar o significado daquelas condutas".
O arguido foi detido em fevereiro deste ano e encontra-se em prisão preventiva, medida de coação que se manterá até ao julgamento em tribunal coletivo.













