O arguido, um ex-militar da GNR, encontra-se em prisão preventiva a aguardar julgamento.
Os factos, segundo o comunicado da Procuradoria-Geral Regional de Évora, ocorreram a 16 de julho no interior da residência do arguido, no concelho de Borba, quando este se encontrava a sós com as menores. A investigação, conduzida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Vila Viçosa com coadjuvação da Polícia Judiciária (PJ) de Évora, teve início após uma das vítimas ter relatado os abusos à sua mãe, que prontamente denunciou o caso. O homem foi detido no final de julho e, presente a primeiro interrogatório judicial, foi-lhe aplicada a medida de coação mais gravosa, permanecendo desde então em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Évora, destinado a reclusos que necessitam de especial proteção. Para salvaguardar as vítimas, foi acionada a medida especial de proteção de "declarações para memória futura", que consiste na sua audição prévia por um juiz de instrução durante a fase de inquérito. Este procedimento visa evitar a revitimização das menores, determinando, em regra, que a sua audição não será necessária durante a audiência de julgamento. O processo aguarda agora o prazo para um eventual pedido de abertura de instrução, findo o qual será remetido para julgamento.













