A juíza considerou que, embora as declarações fossem ofensivas, as arguidas agiram movidas pela dor e convicção pessoal, sem a intenção deliberada de difamar.
Fernando Valente, que fora absolvido do homicídio de Mónica Silva, apresentou uma queixa particular por difamação, pedindo uma indemnização de seis mil euros. A queixa baseava-se em várias publicações nas redes sociais e declarações à comunicação social, nas quais Filomena e Sara Silva o acusavam de ser o pai do filho de Mónica e responsável pelo seu desaparecimento e morte.
Durante a leitura da sentença, a juíza reconheceu que a factualidade da acusação foi maioritariamente provada.
No entanto, o tribunal entendeu que as arguidas agiram "no contexto emocional do desaparecimento da Mónica, não havendo uma intenção de difamar o assistente". A magistrada criticou Fernando Valente, recordando que o processo principal sobre a morte de Mónica Silva ainda está em fase de recurso no Tribunal da Relação do Porto. Consequentemente, a tia foi absolvida de seis crimes de difamação e a irmã de um, sendo os pedidos de indemnização também julgados improcedentes por falta de nexo de causalidade.
À saída do tribunal, as familiares mostraram-se satisfeitas, afirmando que "se fez justiça" e mantendo a esperança no recurso do processo de homicídio.













