O agente foi coagido a levá-los à sua residência em Benfica, um prédio habitado por polícias.

No interior da casa, após entregar a carteira e o telemóvel, conseguiu aceder à sua arma de serviço e disparou fatalmente contra o assaltante.

A arma do ladrão revelou-se ser uma réplica de airsoft.

Em tribunal, o agente alegou ter agido em legítima defesa, afirmando que gritou "polícia" antes de disparar.

No entanto, o coletivo de juízes, presidido por Margarida Natário, considerou a ação "sem qualquer necessidade", uma vez que o assaltante não fez qualquer gesto para usar a sua arma.

Para os magistrados, o polícia agiu com o intuito de esconder o encontro sexual.

Além da pena de prisão, Rui Gonçalves foi condenado a pagar uma indemnização de 40 mil euros ao filho menor da vítima.

O acórdão tece ainda duras críticas à investigação conduzida pela Polícia Judiciária e aos testemunhos de outros agentes da PSP que depuseram a favor do colega.