Esta reviravolta transforma o que inicialmente foi considerado um acidente trágico num complexo drama familiar e judicial com repercussões internacionais.
Isak Andic, de 71 anos, faleceu em dezembro de 2024 após cair de uma ravina com mais de 100 metros durante uma caminhada na montanha de Montserrat, perto de Barcelona. A única testemunha era o seu filho Jonathan, de 44 anos, que relatou que o pai escorregou acidentalmente. O caso chegou a ser arquivado, mas os investigadores da polícia catalã (Mossos d'Esquadra) identificaram “aspetos pouco claros” e “certas incongruências nas declarações” de Jonathan, o que levou à reabertura do processo no final de setembro de 2025. O filho passou então do estatuto de testemunha para investigado.
Segundo o jornal El País, a segunda declaração de Jonathan, prestada com maior tranquilidade, “incorreu em contradições, deixou zonas cinzentas e descreveu factos que eram incongruentes com os resultados da inspeção no terreno”.
Além disso, testemunhos de pessoas próximas, como a companheira de Isak Andic, Estefanía Knuth, que mencionaram “más relações” ou “relações complicadas” entre pai e filho, foram determinantes para alimentar as suspeitas. A família Andic confirmou o novo estatuto de Jonathan, afirmando em comunicado que tem a certeza “de que este processo terminará o mais depressa possível e que se provará a inocência de Jonathan Antic”.
A fortuna do empresário, avaliada em 4,5 mil milhões de euros, foi dividida equitativamente pelos seus três filhos após a sua morte.













