Segundo a PJ, o homem valia-se da sua atividade profissional desde 2012 para convencer os clientes a “investir” em aplicações financeiras ligadas às instituições que representava.

No entanto, os investimentos nunca eram concretizados.

O suspeito “apoderou-se dos respetivos montantes, dissipando-os posteriormente através de contas bancárias de familiares”. A investigação, a cargo do Departamento de Investigação Criminal da Guarda, teve início após uma queixa relativa a um prejuízo de 300 mil euros, mas as diligências subsequentes revelaram uma dimensão muito maior, com cerca de duas dezenas de vítimas já identificadas. A PJ sublinha que a investigação continua ativa para o “cabal esclarecimento dos factos” e a identificação de todas as possíveis vítimas.

O homem foi detido fora de flagrante delito e presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal Judicial de Trancoso. Apesar da gravidade dos crimes e dos montantes envolvidos, saiu em liberdade, ficando sujeito à medida de coação de “apresentações periódicas no posto policial da sua área de residência”. O inquérito, titulado pelo Ministério Público da Guarda, prossegue com o objetivo de rastrear os fluxos financeiros e apurar o destino final dos fundos desviados.