A versão oficial da PSP indicava que a vítima “terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca”.
No entanto, a acusação do Ministério Público contra o agente Bruno Pinto, por homicídio, já contrariava esta versão, afirmando não haver provas de tal ameaça.
Agora, o MP acusa formalmente dois outros agentes, que estavam no local, de terem mentido nos seus depoimentos à Polícia Judiciária. Segundo o despacho de acusação, os agentes afirmaram ter visto um punhal debaixo do corpo de Odair, reforçando a tese de legítima defesa. Contudo, a procuradora considera que “nenhum dos depoimentos corresponde à verdade”, baseando-se em imagens de videovigilância e testemunhos, incluindo o de um terceiro polícia e de uma médica, que contradizem essa versão.
O MP suspeita que o punhal “foi colocado no local (...) ou colocado à vista” após a morte, mas não reuniu indícios para acusar alguém de o ter feito. O julgamento do agente Bruno Pinto, que estava agendado para 15 de outubro, foi adiado para 22 de outubro, e estes dois novos arguidos responderão por falsidade de testemunho.













