A vítima apresentava “vários ferimentos e lacerações no abdómen, mãos e pernas”, bem como “hematomas nos olhos provocados pelos dedos da suspeita”, segundo a PSP.
Foi transportado em estado grave para o Hospital de São José, onde foi operado e se encontra estável, embora com prognóstico reservado devido a um hematoma cerebral.
A principal suspeita do ataque é a sua filha, Ana Rawson (ou Ana Anes), que foi detida pela Polícia Judiciária (PJ) e colocada sob custódia.
O caso assume contornos particularmente chocantes devido a publicações feitas pela suspeita nas redes sociais após o ataque, nas quais parece admitir a agressão.
Numa das mensagens, escreveu: “acho que deixei o meu pai José Anes sem olhos, mas devem ouvir dizer que ele morreu pacificamente”.
Testemunhas relataram ter visto a filha a sair da residência e, conhecendo o “histórico de violência doméstica” entre ambos, entraram e encontraram a vítima ferida. A investigação, a cargo da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo da PJ, aponta para um crime de homicídio tentado, descartando a hipótese de roubo.
O caso expõe a complexidade da violência intrafamiliar, envolvendo uma figura pública reconhecida no campo da criminologia e segurança.












