A investigação, que durou oito meses sob a direção do DIAP de Lisboa, revelou que o grupo se dedicava à aquisição e venda de grandes quantidades de haxixe, utilizando instalações em zonas que facilitavam o transporte por água, como Alcácer do Sal, Almada, Seixal e Montijo. O comandante da DIC, Rui Costa, destacou o elevado grau de sofisticação do grupo, que possuía equipamentos de inibição de sinal, sistemas de videovigilância e cães de raça perigosa para autoproteção. A operação gerou controvérsia, com notícias a indicar que foi realizada “à revelia da Polícia Judiciária”, que detém a competência reservada para investigar o tráfico de droga. Confrontado com esta questão, o comandante do Cometlis, Luís Elias, assegurou que “foram cumpridos os protocolos previstos” e que as identidades dos principais suspeitos foram comunicadas à PJ “em momento oportuno”.