O tribunal deu como provado que o agente se dirigiu a uma zona conotada com encontros sexuais, onde foi abordado por um casal. Ao entrar no carro destes, foi ameaçado com uma arma (que se veio a provar ser uma réplica de 'airsoft') e forçado a levá-los à sua residência em Benfica, um prédio habitado maioritariamente por polícias.
Já em casa, após entregar a carteira e o telemóvel, o agente conseguiu aceder à sua arma de serviço e disparou fatalmente contra o assaltante.
O tribunal considerou que a ação foi “sem qualquer necessidade”, pois a vítima não fez qualquer gesto para usar a sua arma.
Os juízes argumentaram que o polícia poderia ter recorrido a técnicas de imobilização ou disparado para uma zona não letal. Para os magistrados, o agente agiu de forma a ocultar o encontro sexual que pretendia ter.
Além da pena de prisão, Rui Gonçalves foi condenado a pagar uma indemnização de 40 mil euros ao filho menor da vítima. O acórdão teceu ainda duras críticas à investigação da Polícia Judiciária e aos testemunhos de outros agentes da PSP que depuseram a favor do colega.
A namorada do assaltante, que participou na cilada, foi condenada a uma pena suspensa de três anos e meio.












