Foram cumpridos seis mandados de busca domiciliária e quatro mandados de busca a instalações, visando não só a sede da ANEPC em Carnaxide, mas também empresas do setor têxtil e de equipamentos de proteção individual, residências de dirigentes e gabinetes de contabilidade. A investigação centra-se em “indícios de favorecimento ilegal de concorrente em procedimentos realizados no período compreendido entre 2015 e 2023, em prejuízo do Estado Português”. Os crimes sob suspeita são corrupção ativa e passiva e participação económica em negócio, relativos a contratos para o fornecimento de equipamentos de proteção individual para o combate a incêndios florestais.

A ANEPC emitiu um comunicado a confirmar a realização das diligências nas suas instalações, assegurando estar “a colaborar com as autoridades” e reiterando a sua “total disponibilidade para prestar o apoio necessário”.

O inquérito encontra-se em segredo de justiça, e o objetivo principal é a recolha de provas para esclarecer as alegadas irregularidades que poderão ter lesado o Estado ao longo de um período de oito anos, pondo em causa a transparência e a integridade nos processos de contratação de uma entidade crucial para a segurança nacional.