A vítima sofreu “vários ferimentos e lacerações, no abdómen, mãos e pernas”, para além de “hematomas nos olhos provocados pelos dedos da suspeita”, segundo a PSP.
A filha, de 48 anos, foi detida pela Polícia Judiciária (PJ) e, após primeiro interrogatório judicial, foi-lhe aplicada a medida de coação mais gravosa. O juiz de instrução criminal determinou o seu internamento no Hospital Prisional São João de Deus, em Caxias, indiciando a existência de preocupações com a sua saúde mental.
Ana Anes está indiciada pelo crime de homicídio qualificado na forma tentada.
Após o ataque, a suspeita fez publicações na rede social Facebook que pareciam confessar o crime, com frases como: “Acho que deixei o meu pai José Anes sem olhos, mas devem ouvir dizer que ele morreu pacificamente”. As investigações apontam para um possível móbil financeiro, com relatos de que a filha pretendia que o pai vendesse uma casa para lhe dar dinheiro e que já recebia uma mesada para se sustentar. A PSP referiu ter conhecimento de um “histórico de violência doméstica” entre pai e filha.
José Manuel Anes foi hospitalizado em estado grave mas, após ser operado, foi declarado como estando fora de perigo.
O caso, a par do homicídio em Vagos, trouxe para o debate público o tema da violência filial, um fenómeno que a APAV reporta estar em crescimento.














