Além disso, o relatório aponta “falhas e omissões na manutenção”, constatando que as inspeções previstas para o dia do acidente, embora registadas como executadas, não terão sido efetuadas.

A investigação detetou ainda falta de formação dos funcionários da empresa subcontratada para a manutenção, a MNTC (Main), e ausência de supervisão adequada por parte da Carris. Na sequência destas revelações, o presidente e todo o conselho de administração da Carris apresentaram a sua demissão, que foi aceite pelo presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas. O representante legal da empresa de manutenção, Gustavo Pita Soares, foi ouvido como testemunha no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, que instaurou um inquérito-crime para apurar as responsabilidades.

O Governo, por sua vez, admitiu existir uma “lacuna na área da supervisão” destes equipamentos e mandatou o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) para preparar nova legislação.