A maioria das vítimas são mulheres com 65 anos ou mais.
O alerta surge após o homicídio da vereadora de Vagos, Susana Gravato, alegadamente pelo filho de 14 anos, e a tentativa de homicídio do criminologista José Manuel Anes pela sua filha. A criminóloga da APAV, Cíntia Silva, sublinhou a importância de uma cobertura mediática que respeite “a dignidade, a privacidade e a vontade das vítimas”, de modo a evitar a vitimação secundária, em que as vítimas são forçadas a reviver o trauma. A especialista frisou que “o julgamento deve ocorrer nos tribunais, não nas redes sociais”, defendendo a proteção da vida privada e a presunção de inocência.
A psicóloga Neusa Patuleia, por sua vez, alertou que a forma como as notícias são apresentadas “pode, em algumas situações, ajudar a prevenir ou, pelo contrário, até reforçar estigmas e medos”, defendendo que se evite a “espetacularização e o sensacionalismo”.
As causas para este tipo de violência são diversas, incluindo conflitos financeiros, consumo de substâncias, perturbações mentais e, nos mais jovens, a exposição precoce à violência.
A APAV nota que quase metade das vítimas (48%) não apresenta queixa, muitas vezes por vergonha, culpa ou medo.














