A queixa formal foi apresentada à Reitoria da Universidade do Porto por um grupo de alunas, com idades entre os 17 e os 22 anos, que relataram estar a ser importunadas e perseguidas digitalmente pelo docente. As estudantes, que optaram pelo anonimato por “medo de represálias”, descrevem que o professor as seguia nas redes sociais, interagia com publicações privadas e enviava “mensagens inoportunas”.
Segundo as denunciantes, o comportamento não se limitava a alunas da FMUP, com relatos semelhantes a surgirem noutras faculdades e entre um grupo mais vasto de mulheres.
Face à “gravidade das situações relatadas”, o diretor da FMUP, Altamiro da Costa Pereira, determinou a “suspensão preventiva e imediata do docente em causa”.
A instituição reiterou a sua “total condenação de qualquer forma de assédio” e assegurou o seu compromisso em apurar os factos com seriedade e rigor, oferecendo apoio institucional às denunciantes.
Por sua vez, o professor visado garante a sua inocência.
Em resposta à agência Lusa, afirmou: “Gostaria de esclarecer, de forma inequívoca, que nunca assediei ninguém, seja pessoalmente ou através de meios digitais. Trata-se de um caso de roubo de identidade.
Nunca enviei qualquer mensagem e irei apresentar participação às autoridades competentes”.
O caso segue agora os trâmites processuais internos, tendo sido remetido ao diretor da faculdade, que detém o poder disciplinar, para um eventual inquérito que apurará a veracidade dos factos e determinará o futuro do docente na instituição.













