Entre 2020 e 2024, o número de ocorrências registadas pelas autoridades policiais subiu 26,4%, passando de 33.469 para 42.313 casos, evidenciando uma maior vulnerabilidade desta faixa etária.
A análise dos dados mostra que a maioria dos crimes cometidos contra idosos são de natureza patrimonial, representando 67,5% do total.
Em 2024, destacaram-se o furto em residência com arrombamento (2.645 casos) e a burla informática ou nas comunicações (2.409 casos), refletindo a adaptação das práticas criminosas às novas tecnologias e a fragilidade digital de muitos idosos. Outros crimes patrimoniais frequentes incluem furto em veículo, furto de oportunidade e por carteirista.
Os crimes contra as pessoas constituem 28,6% das ocorrências.
Neste âmbito, a ofensa à integridade física voluntária simples foi o crime mais registado em 2024, com 3.071 vítimas.
A violência doméstica contra cônjuge ou análogo surge como a segunda categoria mais numerosa, com 2.434 casos, seguida por ameaça e coação (951).
Com menor expressão quantitativa, mas de elevada gravidade, registaram-se 16 homicídios voluntários consumados contra idosos.
Geograficamente, os distritos do interior Norte e Centro do país apresentam as maiores proporções de crimes contra esta população, com Bragança (25,18%), Vila Real (22,99%) e Guarda (22,72%) a liderarem.
Em contraste, os grandes centros urbanos como Lisboa (11,47%) e Porto (13,36%) registam proporções menores, apesar de terem um número absoluto de casos mais elevado devido à maior densidade populacional. Estes números alertam para a necessidade de reforçar as políticas de segurança e de apoio social direcionadas para a população sénior, bem como para a importância da literacia digital e da prevenção de burlas.














